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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

♂ Sua Atitude Tem Muita Força na Luta Contra a Aids ♀

Um laço de AMOR


Apesar de terem acesso à informação, pesquisas indicam que os jovens entre 13 e 24 anos não usam o preservativo em todas as relações sexuais. Por esse motivo, eles são o foco da campanha que o Ministério da Saúde lançou esta semana para comemorar o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado HOJE dia 1o de dezembro.

Segundo a assessora técnica do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Ângela Donini, os jovens são o grupo da população que mais usa camisinha, mas os casais deixam de usar o preservativo quando a relação se torna mais estável.

“As mulheres dizem que não usaram porque confiavam no parceiro. São pilares difíceis de serem modificados num tempo histórico”
, afirmou.

Há também, segundo a assessora, a questão do acesso ao preservativo. Segundo ela, muitos jovens relatam que na hora do sexo estavam sem o preservativo. Ela também critica a orientação sexual tardia das escolas, uma vez que muitos adolescentes estariam iniciando a vida sexual ainda no ensino fundamental.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico Aids/DST, divulgado semana passada, a presença do vírus HIV nos jovens com idade entre 13 e 19 anos aumentou, principalmente entre as meninas. Há dez anos, havia 273 meninos e 258 meninas infectadas nessa faixa etária. No ano passado, esse número chegou a 223 meninos e 368 meninas. Segundo o mesmo documento, quase 70 mil casos de aids já foram registrados entre pessoas com menos de 24 anos de idade no Brasil, o que representa cerca de 16% do total de casos do país.

O coordenador-geral da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), Veriano Terto, afirma que o Brasil conseguiu reduzir pela metade a taxa de mortalidade da doença nos últimos anos, mas lembra que, apesar de tratável, a aids ainda é um grave problema de saúde pública.

“Os dados mostram que é preciso chamar a atenção das pessoas mais jovens, porque nós conseguimos alguns resultados e isso pode dar a impressão para muita gente de que o problema está mais ou menos controlado, o que pode ter como conseqüência o relaxamento da prevenção, principalmente, entre os mais jovens”, enfatiza.

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

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